sexta-feira, dezembro 11, 2009

Pedra de Roseta poderá ir para o Egito


A fila para apreciar a Pedra de Roseta, no Museu Britânico, pode acabar, se a Pedra for emprestada ao Egito

(Rosetta Stone row 'would be solved by loan to Egypt')

BBC NEWS
Published: 2009/12/08 21:31:55 GMT

O chefe de antiguidades do Egito vai colocar como necessidade o retorno definitivo da Pedra de Roseta, caso o Museu Britânico aceite fazer o empréstimo, ele diz.

A Pedra - uma pedra de basalto que remonta a 196 A.C. que foi chave para decifrar os hieróglifos – está no Museu Britânico desde 1802.

O Dr. Zahi Hawass há muito tem solicitado aos museus estrangeiros para retornarem as seis das mais valiosas antiguidades do Egito.

O Museu Britânico afirmou que vai considerar o pedido de empréstimo em breve.

Uma porta-voz disse que nenhum pedido oficial foi feito pelo Egito para o retorno definitivo da Pedra, mas o empréstimo tinha sido discutido e será analisado pelos curadores do museu "muito brevemente".

Dr. Hawass disse que enquanto quer que a Pedra volte ao Cairo definitivamente, ele iria se contentar com o fato de o Museu Britânico aceitar seu pedido para um empréstimo de três meses.

Ele havia escrito ao museu pedindo que a Pedra fosse disponibilizada temporariamente para a abertura do Grande Museu do Egito, em Gizé, em 2013, disse. Outros museus europeus receberam pedidos semelhantes.

Ele disse que a resposta de alguns museus tem sido "não boa", com perguntas sobre como eles poderiam garantir que os artefatos serão devolvidos no final dos empréstimos.

"Não somos piratas do Caribe. Nós somos um país civilizado. Se eu assinar alguma coisa eu o farei", disse ao correspondente da BBC Nick Higham.

"Temos o direito de mostrar nossos monumentos."

A Pedra de Roseta, descoberta no Egito por soldados franceses em 1799 e entregue aos ingleses, nos termos do Tratado de Alexandria, dois anos depois, é um dos mais importantes itens que Dr. Hawass pensa em ser devolvido de imediato.

O que a torna tão importante é que ele contém o mesmo texto em hieróglifos egípcios, em outra escrita antiga do Egito e em grego antigo.

A presença da tradução grega significa que pela primeira vez foi possível utilizar a Pedra para decifrar e compreender hieróglifos.

No mês passado (novembro 2009), os arqueólogos egípcios viajaram ao Museu do Louvre, em Paris, para recolher cinco fragmentos de afresco antigo roubados de uma tumba no Vale dos Reis, em 1980.

Dr. Hawass também solicitou o retorno de outros bens culturais considerados de grande valor arqueológico para o Egito. Isso inclui o busto de 3.500 anos de idade da rainha Nefertiti, mulher do famoso faraó Akhenaton, em exposição no recém reaberto Neues Museum, em Berlim, Alemanha.

Outros itens em sua lista de favoritos incluem uma estátua de Hemiunu, o arquiteto da Grande Pirâmide de Gizé - também na Alemanha; o busto de Anchhaf, construtor da Pirâmide Chepren - no Museu de Belas Artes de Boston; um Zodíaco pintado a partir do templo de Dendera, que é mantido no Museu do Louvre, e a estátua de Ramsés II no Museu de Turim.

Desde que se tornou chefe do Conselho Supremo de Antigüidades, em 2002, Hawass clama pelo retorno de 5.000 artefatos para o Egito, que ele afirma terem sido roubados.

Milhares de artefatos foram suprimidos do Egito durante o período da dominação colonial e mais tarde pelos arqueólogos, aventureiros e ladrões.

Conforme o acordo das Nações Unidas de 1970, obras de arte são de propriedade de seu país de origem e peças contrabandeadas para fora devem ser devolvidos.

O Egito também requer itens que foram roubados antes dos tempos indicam essas práticas ilegais como evidentes. No entanto, o processo para determinar se um item é fruto de roubo pode ser trabalhoso e complicado.

BBC NEWS

E nós, de Memorial Lélia Gonzalez, dizemos: Como se tudo o que se refere à antiguidade dos povos - e que está na Europa (ou nas Américas) - não tenha sido, por evidência (óbvia e redundante), fruto de roubo imperialista!

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A presença da tradução grega possibilitou
que fosse possível utilizar a Pedra de Roseta
para decifrar e compreender hieróglifos.
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