quarta-feira, novembro 29, 2006

Fotos retraçam diáspora africana na América do Sul

Flavia Nogueira - de São Paulo - Atualizado às: 29 de novembro, 2006 - 08h57 GMT (06h57 Brasília)

O antropólogo Júlio César de Souza Tavares estará na abertura da exposição em Abuja

O início da Cúpula de Países da África e América do Sul vai contar com uma mostra de fotografias, "Diásporas Africanas na América do Sul: uma Ponte sobre o Atlântico", que marca a abertura da nova Embaixada do Brasil na Nigéria.

A mostra foi idealizada pelo Departamento da África do Itamaraty e pela Fundação Alexandre Gusmão, também do Itamaraty.
O antropólogo Júlio César de Souza Tavares - pesquisador e professor da Universidade Federal Fluminense - e o fotógrafo Januário Garcia viajaram durante cerca de um mês para retratar a permanência e as características da herança africana em comunidades afro-descendentes em sete países da América do Sul: Brasil, Argentina, Uruguai, Peru, Colômbia, Venezuela e Suriname. Os dois pesquisadores são expoentes do Movimento Negro Brasileiro.

Clique aqui para ver imagens da exposição

Desta viagem resultaram a mostra fotográfica que será aberta em Abuja e um livro-catálogo, em quatro idiomas, com lançamento previsto no Brasil em dezembro.

Na pesquisa, o antropólogo resgatou dados da presença africana em países como Argentina e Uruguai, onde desembarcaram milhares de africanos no porto do Rio da Prata. Também foi relatada a presença africana em países como Peru (música e culinária), Colômbia (com uma comunidade afro-descendente de 25% da população do país) e Venezuela (com os cumbes, semelhantes aos quilombos brasileiros).

Argentina e Uruguai

O professor afirma que o fato de as comunidades africanas e afro-descendentes não estarem associadas à Argentina e ao Uruguai faz parte das políticas de formação destes países.

“Na construção de Estados do Cone Sul foram mais privilegiadas as populações de origem européia do que as populações indígenas, nativas, ou aqueles que também emigraram – comos os europeus – mas numa condição compulsória, como foi o caso dos africanos”, afirmou.

“No caso da Argentina e do Uruguai são mais nítidos estes processos. Houve uma politica de invisibilização, de ocultamento destas populações, que vai desde a criação de uma linguagem em que a palavra negro ou africano não comparece de forma alguma – como é o caso da Argentina.”

Números

Tavares afirma que o Brasil – que hoje tem uma população de afro-descendentes de cerca de 48% segundo dados do IBGE – já chegou a 70% de africanos e afro-descendentes no século 19. Mas, com a imigração européia, o governo brasileiro da época investiu na idéia de mestiçagem.

“A idéia da mestiçagem (…) está sempre vinculada à idéia de se tornar menos negro, menos índio. Mestiço é aquele que, embora tenha sangue negro ou sangue índio, é o que mais se aproxima do branco”, afirmou.

O professor afirma que a estatística de cerca de 48% da população de africanos e afro-descendentes no Brasil tende a aumentar nos próximos censos.

“As pessoas estão começando a se assumir. Aqueles que se diziam mulatos, pardos ou até mesmo brancos, para esconder sua fachada afro-descendente, estão se assumindo (como negros) cada vez mais.”

Para o professor o aquecimento das relações diplomáticas e comerciais com países africanos é promissor.

“Tudo isso faz parte da ampliação de nossos horizontes como brasileiros (…). Acabar com esta visão paroquial, provinciana (…) de costas para a América Latina e para África, olhando para o norte, para a Europa e para os Estados Unidos.”

“A África estava abandonada do imaginário, da literatura, dos livros didáticos, da política externa, da cooperação econômica por muitos anos”, concluiu.
fonte e acesso: aqui

ONU critica política dos EUA para Aids na África

Atualizado às: 16 de agosto, 2006 - 14h27 GMT (11h27 Brasília)

Em 2005, houve 2,7 milhões de novos casos na África Sub-Saariana

Focada principalmente na abstinência sexual, a política norte-americana de ajuda ao combate à Aids na África foi duramente criticada durante a 16ª Conferência Internacional sobre Aids, realizada em Toronto, no Canadá.

O enviado especial da ONU para Aids, Stephen Lewis, afirmou durante o encontro que essa estratégia, chamada por ele de "neocolonialismo incipiente", está minando os esforços dos países africanos na luta contra a epidemia.

"Nenhum governo ocidental tem o direito de ditar políticas para os países africanos sobre como eles reagem à epidemia", disse Lewis.

O Plano de Emergência para HIV/Aids aprovado pelo presidente George W. Bush em 2003 prevê o investimento de US$ 15 bilhões em cinco anos para combater o avanço da doença.

O Congresso americano, no entanto, determinou que uma parte desse dinheiro deve ser gasta em programas para promover a abstinência sexual até o casamento.

Além da abstinência, o plano, chamado ABC na sigla em inglês, dá destaque para a fidelidade a apenas um parceiro sexual e, caso essas duas regras não seja seguidas, ao uso de preservativos.

Epicentro

O problema, segundo Lewis, é que essa estratégia não tem funcionado na África.

A África Sub-Saariana permanece como o epicentro da pandemia da Aids, conforme Lewis. Dois terços de todos os infectados pelo HIV vêm daquela região.

No último ano, 2 milhões de pessoas morreram de Aids na região e surgiram 2,7 milhões de novos casos.

"Estamos dizendo à África: 'É assim que vocês devem reagir à pandemia'. Mas isso não é correto, porque os governos africanos são capazes de decidir quais são suas prioridades e como devem agir", afirmou o enviado da ONU.

"Não se pode emprestar dinheiro sob a condição de que seu uso reflita suas prioridades ideológicas", disse.

Pouco dinheiro

As críticas foram rebatidas por representantes americanos. Eles negaram que a política dos Estados Unidos promova a abstinência em detrimento de outras formas de prevenção, ou que pretenda agradar aos conservadores Republicanos.

"Não há evidências que comprovem essas críticas", disse o coordenador da US Aids Global, Mark Dybul, observando que somente 7% do orçamento do plano previsto para 2005 foi gasto em programas de abstinência.

"É colonialismo não apoiar o plano, que foi criado pelos africanos para os africanos. Nós estamos apoiando suas estratégias", afirmou Dybul.

Em entrevista à BBC, o enviado da ONU disse ainda que o Ocidente falhou em fornecer dinheiro suficiente para financiar programas eficientes de longa duração para a prevenção e o tratamento da doença.

"Os países do G8 poderiam ajudar a destruir essa pandemia se a considerassem uma emergência como nenhuma outra - a pior cicatriz na face da terra desde a Peste Negra do século 14. Esse senso de urgência, no entanto, ainda não existe", afirmou.
fonte e acesso: aqui

Mudanças climáticas 'já atingem a África'

Atualizado às: 29 de outubro, 2006 - 12h59 GMT (09h59 Brasília)

A temperatura aumentou em até 3.5º C em 20 anos no Quênia

As mudanças climáticas já afetam os africanos e vão anular os esforços de combate a pobreza a menos que sejam tomadas medidas urgentes, segundo um estudo feito em conjunto por uma série de agências humanitárias britânicas e grupos ambientais.

As secas estão piorando e o clima, cada vez mais imprevisível, se transformando em uma ameaça ‘de proporções inéditas’ para a segurança alimentar, segundo o documento.

O estudo pede para que seja aplicado um modelo de desenvolvimento ‘à prova do clima’ e que sejam aplicadas reduções de emissões de gás carbônico em larga escala, para evitar ‘transformações catastróficas’.

O estudo, Up In Smoke 2, é uma atualização de estudos anteriores realizados pela Oxfam, a New Economics Foundation e o Working Group on Climate Change and Development

Piora

Ele afirma que, embora o clima africano sempre tenha oscilado, a ciência mostra que estão sendo agora registrados “novos e perigosos extremos”.

Reigiões áridas ou semi-áridas (no norte, parte do sul, leste e oeste) estão cada vez mais secas e áreas equatoriais estão cada vez mais alagadas.

Os africanos "estão entre o inferno das secas e as enchentes", diz Andrew Simms, da New Economic Foundation.

"Apenas no ao passado, 25 milhões de pessoas na África subsahariana enfrentaram a fome", disse ele.

Desde meados da década de 1980, o número de emergências anuais no continente praticamente triplicou, de acordo com o relatório.

Soluções

Simms afirma que a "grande tragédia" é que os africanos pouco ou nada contribuíram para o aquecimento global, resultado, segundo ele, da atividade econômica em países desenvolvidos e industrializados.

Ele afirma que, a menos que as mudanças climáticas sejam combatidas, as iniciativas para ajudar a África vão resultar em nada.

O relatório diz que um melhor planejamento para evitar o risco de desastres aliado com práticas agriculturais que suportem mudanças de clima já se provaram eficientes e deveriam ser mais utilizadas.

Os países em desenvolvimento necessitariam entre US$ 10 e 40 bilhões anualmente para se adaptarem às mudanças, mas receberam apenas US$ 43 milhões de países industrializados, um décimo do prometido.

O relatório diz também que as emissões de gás carbônico devem ser reduzidas em 60% em um primeiro momento e depois em 90% dos níveis atuais, números muito mais altos do que as metas estipuladas no tratado de Kyoto.

fonte e acesso: aqui

Investimento chinês na África triplicou em um ano

Marina Wentzel - De Hong Kong - Atualizado às: 03 de novembro, 2006 - 08h21 GMT (05h21 Brasília)

China tem interesse em abrir novos mercados para suas exportações

O investimento estrangeiro direto da China na África cresceu 300% entre 2003 e 2004 (dados mais recentes disponíveis para comparação) quando ficou em cerca US$ 900 milhões (quase R$ 2 bilhões), segundo um estudo do Banco Mundial.

O volume, apesar de pequeno quando comparado ao total de investimentos chineses no resto do mundo – de 45 bilhões em 2004 – continua crescendo e chegou a US$ 1,18 bilhão (R$ 2,53 bilhões) no primeiro semestre de 2006.

"A China sozinha investe mais em infra-estrutura na África do que todos os países ricos juntos", disse à BBC Brasil David Dollar, diretor nacional da representação do Banco Mundial para China e Mongólia.

Para aprofundar ainda mais as relações econômicas entre o continente africano e a potência emergente, chefes de estado e representantes de 48 países se encontram em Pequim para o Fórum de Cooperação África e China que vai até domingo.

"A explosão do comércio e dos investimentos é realmente uma marca distinta da nova tendência das relações econômicas sul-sul", disse à imprensa Gobin Nankani, vice-presidente para a região da África do Banco Mundial, ao divulgar, às vésperas do encontro, o relatório 2006-Africa’s Silk Road: China and India’s New Frontier.

Comércio

Em 2005, o comércio entre a China e a África foi da ordem de US$ 21 bilhões (R$ 45 bilhões), de acordo com estatísticas oficiais chinesas, e deve chegar a US$ 50 bilhões (R$ 107 bilhões) neste ano.

"O comércio bilateral entre a China e a África deve chegar a US$ 100 bilhões nos próximos cinco anos", avaliou David Dollar.

Um número impressionante, se comparado com os US$ 11 bilhões (R$ 23,5 bilhões) negociados em 2000.

Ainda assim, a África é um continente a "ser explorado", pois representa meros 2,3% de todo comércio exterior da China, de acordo com os números do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Para a África, o comércio com a China ainda representa apenas 10% do total de trocas comerciais com o exterior. A Europa segue como principal parceira, com pouco mais de 30% das trocas, enquanto os Estados Unidos vêm em segundo lugar, com quase 20%.

No entanto, as importações e exportações para a Ásia têm crescido, ao passo que os negócios com parceiros tradicionais do norte estão em declínio.

Interesses

A China tem interesse em abrir novos mercados para suas exportações manufatureiras e busca parceiros que forneçam matérias-primas, especialmente petróleo e minérios, riquezas fundamentais para alimentar o acelerado ritmo de crescimento da economia.

A África, em contrapartida, quer levantar investimento direto e ter acesso a crédito facilitado, além de incrementar as exportações.

Politicamente, a China espera receber apoio à política da "China Única", que reconhece Taiwan como província rebelde. Por outro lado, os parceiros da África desejam um aliado econômico que não se intrometa na maneira como devem governar seus países.

"Eu acredito que a parceria entre a África e a China é positiva, pois os dois lados ganham. A África pode vender suas commodities por melhores preços, e a China encontrou um comprador para os seus produtos", pondera Dollar.

Crítica

A China vem sendo criticada por liberar empréstimos, fazer investimentos e investir em relações comerciais sem exigir comprometimento de alguns países com princípios como a proteção ao meio ambiente e o respeito a direitos humanos.

A China argumenta que as críticas são "inaceitáveis". Liu Jianchao, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, argumentou que os acordos feitos com a África têm sempre por base o benefício mútuo.

Jianchao sustentou ainda que os negócios ajudam o povo africano a melhorar a situação social e a economia local. Ele enfatizou que não é papel da China interferir na situação interna dos países.

Dollar compatilha o ponto de vista chinês. "Corrupção é um problema presente em todos os países. Eu não acho que a boa governança deva ser imposta por alguém vindo de fora", afirmou.
fonte e acesso: aqui

terça-feira, novembro 14, 2006

O turismo volta ao deserto da Argélia

ARGELIA
El turismo regresa al desierto de Argelia

afrol News, 1 November - Antes de que la violencia explotara en Argelia en 1992, la extensa y desierta región sur del país se había convertido en un importante destino turístico. Tras años de sequía turística en la meseta de Tassili y las impresionantes de Hoggar, los operadores turísticos locales confirman un nuevo aumento de llegadas. Las estadísticas nacionales corroboran también la tendencia positiva.

Helge Baardseth ejerció de guía turístico para grupos de turistas escandinavos que visitaban la región del desierto argelino a finales de los 80 y comienzos de los años 90. Debido a las turbulencias políticas que vivió Argelia desde 1992, dejaron de acudir al país, pero el próximo mes de febrero, Baardseth planea volver a las montañas de Hoggar por primera vez con un grupo de montañistas noruegos, deseando rescatar de su memoria lejanos días felices en Argelia.

Los escandinavos no son de ninguna manera pioneros en regresar a Argelia; siguen, de hecho, una tendencia afianzada el año pasado. La autoridad provincial de Illizi, que alberga Tassili n'Ajjer, sitio declarado Patrimonio de la Humanidad por la UNESCO, publicó recientemente su informe 2005, en el que se citaba que casi 16.000 turistas habían visitado la provincia el año pasado, mucho más que la pesimista previsión de 5.700 visitantes extranjeros.

También este año, la región de Tassili en el lejano sur de Argelia prevé una "estación turística prometedora", ha informado la agencia de prensa estatal, APS. Solamente en octubre, más de 1.200 turistas de diversos países europeos habían visitado la región localizada a 1925 kilómetros al sureste de Argel, llegando por transporte aéreo y carretera. Las llegadas - que normalmente alcanzan sus mayores niveles durante el invierno - parecen destinadas a superar las cifras de 2005.

Esto también ha sido confirmado por Cherif Amouche, operador turístico local que organiza excursiones en el desierto y las montañas desde su base en Djanet, la principal ciudad en el masivo de Tassili, cerca de la frontera libia. Amouche dice que la industria del turismo en Djanet ha permanecido sin vida durante los últimos 15 años, pero las cosas comenzaron a cambiar el año pasado.

En febrero, Amouche espera recibir a Baardseth y a su grupo de escandinavos, tal y como hacía cada año hasta 1992. Cocineros, guías, conductores y mecánicos locales deben acompañar a los turistas durante su expedición en Hoggar. El costoso viaje asegurará importantes beneficios económicos para esta pequeña sociedad del desierto.

Tanto como Baardseth y su grupo se muestran ilusionados ante su regreso al sur argelino. "Ha sido una necesidad desde hace mucho tiempo para el turismo de aventura", declaró a afrol News, añadiendo que la pausa de 15 años en viajes al desierto argelino había "dejado un notable e indeseable punto en blanco en el mapa".

Los viajes charter a los famosos destinos de Tamanrasset, Djanet, Hoggar y Tassili n'Ajjer eran imposibles de organizar después de 1992. "Era difícil llevar a turistas a la región cuando los periódicos estaban llenos de informes sobre la violencia política en Argelia, y representaba un problema el hecho de tener que hacer una escala en Argel", explica Baardseth.

Mientras que la guerra argelina entre islamistas y gobierno terminó hace varios años, Argel tiene todavía que conseguir hacerse con el completo control del extenso desierto del sur del país. Grupos enlazados a Al Qaeda están operando a lo largo de la frontera sur. En 2003, fue secuestrado en el desierto un grupo de 32 turistas europeos. No obstante, la situación es tensa en muchas partes de Argelia. Solamente ayer, terroristas detonaron bombas fuera de dos comisarías de policía en Reghaia, a las afueras de Argel.

Generalmente, sin embargo, la situación de seguridad ha mejorado notablemente en Argelia. Según la opinión de Baardseth, es bastante seguro participar ahora en viajes organizados en el país. "Los conflictos que anteriormente hacían insegura la zona parecen ahora resueltos, al menos hasta el grado de que ya no es necesario optar por no ir allí", dijo a afrol News.

Éste es también el mensaje que las autoridades argelinas desean comunicar, pues la imagen general del país en el exterior sigue siendo una relacionada con la violencia y el terror. Durante los dos últimos años, Argel ha reformado su legislación para facilitar inversiones extranjeras y locales en el sector del turismo. El gobierno califica los recursos del turismo del país como su "segundo recurso petrolero", en referencia a principal artículo de exportación, el petróleo.

Este mensaje ya ha llegado a algunas partes del mundo, y particularmente las inversiones francesas en el sector están aumentando rápidamente. Ahora, hay incluso una aerolínea francesa de bajo coste, Aigle Azur, con vuelos directos desde varias ciudades en Francia a Djanet y Tamanrasset, así como a ciudades costeras como Argel, Orán y Annaba.

No todas la opiniones, sin embargo, coinciden en este optimismo. El departamento de Estado de EEUU, por su parte, todavía aconseja a sus ciudadanos no viajar a Argelia, diciendo que "el ambiente de seguridad en áreas rurales y alejadas continúa planteando un riesgo significativo a la seguridad". La diplomacia británica, que actualizó la semana pasada sus recomendaciones sobre Argelia, recuerda que "hay una continua amenaza de terrorismo en Argelia".

afrol News

Turismo em África cresce mais de 10% em 2006

ÁFRICA
Turismo en África crece más de un 10% en 2006

afrol News, 6 November - El turismo crecerá en 2006 por tercer año consecutivo, lo que establece las bases para una expansión saludable del sector en 2007, indicó hoy la Organización Mundial del Turismo (OMT). Con una tasa de crecimiento prevista del 10,6 por ciento, África es, una vez más, la primera región del mundo en términos de crecimiento. Entre enero y agosto, las llegadas de turistas internacionales aumentaron un 9,8 por ciento.

El organismo dio cuenta de un incremento de 4,5% en el número de turistas internacionales durante los ocho primeros meses de este año con respecto al mismo periodo de 2005. A corto plazo, el panorama sigue siendo muy positivo dada la fuerte economía mundial y los tipos de cambio favorables para los viajeros europeos y asiáticos, señaló la OMT.

Con una tasa de crecimiento prevista del +10,6 por ciento, África es, una vez más, la primera región del mundo en términos de crecimiento. Entre enero y agosto, las llegadas de turistas internacionales aumentaron un 9,8 por ciento.

En el África Subsahariana (+12,6%) se han registrado los mejores resultados hasta la fecha, impulsados en particular por Sudáfrica, Kenia, Mozambique, Swazilandia y Seychelles. Al mismo tiempo, en África del Norte (+5,9%), los dos principales destinos, a saber, Marruecos (+9.3%) y Túnez (+2.6%) han experimentado ritmos de crecimiento algo diferentes.

A África, y con una tasa de más del 10,5%, y le siguen Asia y el Pacífico con un 8,3%. Centroamérica y Sudamérica registraron un aumento de casi el doble del promedio mundial, pero en América del Norte, sólo Estados Unidos aumentó un 4,3%. México y Canadá sufrieron una merma de cerca del 4%.

afrol News

O esgotamento dos recursos pesqueiros se produzirá primeiro na África

afrol News, 7 November - Varios científicos han advertido sobre el cercano agotamiento de todos los recursos pesqueros naturales comerciales, lo que ha provocado las críticas de algunos de sus colegas. Pero incluso los críticos están de acuerdo en que las aguas de África son las que más probabilidades tienen de sufrir el agotamiento de sus recursos a causa de la sobreexplotación, un seguimiento insuficiente y la mala gestión.

Se estima que todas las especies de peces fuera de las piscifactorías se agotarán para el año 2050, según un nuevo estudio de cuatro años realizado por un equipo internacional de ecologistas y economistas publicado en Nature'. En el estudio, se define el agotamiento como una pérdida del 90% de las especies.

El artículo de 'Nature' ya ha sido ampliamente criticado por hacer sólo estimaciones futuras sobre la base de las tendencias actuales, equiparando el mismo número de población de ejemplares para diferentes regiones. Sin embargo, los científicos pueden señalar varías pesquerías que se han agotado completamente debido a la sobreexplotación en las recientes décadas, el ejemplo por excelencia es el bacalao del Atlántico Norte.

Dado que los principales mercados pesqueros han reducido la capacidad de oferta de sus aguas más cercanas, la flota pesquera de la UE y de Japón, en particular, están buscando nuevos recursos en aguas cada vez más lejanas. Hoy, prácticamente todas las naciones costeras africanas han firmado tratados de acceso a sus pesquerías por varios años y para vastas extensiones marítimas con la UE y otros países ricos.

Los ecologistas han advertido desde hace tiempo sobre el peligro de estos tratados bilaterales, alegando que no tienen un enfoque sostenible. Acusan a los europeos de pesca abusiva en aguas africanas, conducentes al mismo agotamiento de las aguas septentrionales. Especialmente a lo largo de las costas de África Occidental, que cuenta con el récord de tratados pesqueros con la UE, los pescadores artesanales ya han advertido sobre el agotamiento de las especies. En muchos países, la flota nacional tiene graves dificultades para sobrevivir y los precios del pescado y los mariscos se están disparando.

Las señales de alarma han llegado por tanto a África mucho antes del presente estudio sobre los recursos pesqueros mundiales. Y mientras un sector importante de la ciencia del mar se muestra escéptico con el estudio, todos están de acuerdo en que la mayoría de las pesquerías sufrirán en algún momento algún tipo de agotamiento si no mejora la gestión.

La preocupación es particularmente intensa en lo que se refiere a las pesquerías africanas. Ray Hilborn, profesor estadounidense de ciencias del mar que se muestra escéptico con el estudio, declaró que la buena gestión es la clave. "Estoy preocupado por algunas áreas del mundo, como África, pero otras áreas del mundo han sabido como gestionar eficazmente sus recursos", comentó acerca del estudio. En África, declaró que la gestión de las pescaderías no era suficientemente eficaz para superar el desafío de la sobreexplotación.

Algunos estudios previos sobre saturación de los recursos mundiales han señalado respecto a África que sus aguas están a punto de agotarse. Un estudio publicado en 'New Scientist' en 2002 advertía especialmente sobre el peligro de las aguas del occidente africano, donde según el investigador estadounidense Daniel Pauly, las reservas pesqueras ya habían "desaparecido en un 80%". Las aguas del occidente africano se encontraban antaño entre las aguas pesqueras más ricas del mundo.

Con el agotamiento de los recursos en las costas occidentales de África, los buques de la UE se han alejado a toda vela hacia el sur e incluso al Océano Índico. En estos momentos, las ricas aguas de Namibia y Angola han empezado ha resentir la reducción de sus reservas pesqueras. Las aguas de Seychelles y Madagascar serán las siguientes.

Mientras que el seguimiento y gestión de las pesquerías ha mejorado durante los últimos años - principalmente debido a la presión que ejercen los grupos contrarios a las iniciativas de la UE para mejorar los términos de los tratados - la mayoría de los países africanos dependen todavía de la buena voluntad de la UE en la adecuada gestión de los recursos que ofrecen a la industria piscícola europea.

Científicos y ecologistas advierten que esto no es suficiente y recuerdan los desastrosos resultados que se han producido en las mismas aguas europeas. Algunos países, sin embargo, en particular en el África meridional y el Magreb, han sido capaces de poner en marcha una legislación y una gestión más efectivas.

El seguimiento está mejorando también, con la nueva generación de acuerdos euroafricanos que incluyen programas de seguimiento por satélite. Esto, según los ecologistas, sigue estando no obstante muy lejos de lo necesario, dado que la mayoría de los estados africanos no tienen medios de controlar efectivamente si los navíos de la UE respetan la legislación, si tiran las capturas inferiores al tamaño mínimo o si simplemente desconectan la vigilancia del satélite.

Lo que es más, el creciente número de la descomunal flota de pesqueros piratas de arrastre subcontratados en Rusia y Europa no se molesta en atender ninguna de estas regulaciones.

Mientras tanto, las naciones africanas han empezando a hacerse cargo de las consecuencias del futuro agotamiento de las pesquerías. En Sudáfrica, las piscifactorías son ya una industria en expansión y varios países africanos se sumarán a esta iniciativa. Parece que la confianza en las pesquerías naturales se ha evaporado.

afrol News

A ciência ignora as colheitas nativas de África

ÁFRICA
"La ciencia ignora las cosechas nativas de África"

afrol News, 2 November - Una nueva investigación de EEUU ha confirmado la idea ya conocida de que la ciencia global se centra demasiado poco en la investigación relacionada con África, también en lo que se refiere a seguridad y cultivos alimenticios. Mientras que se invierten grandes sumas en la investigación sobre cosechas norteñas, las estrategias para mejorar los numerosos centenares de tipos de cultivos indígenas africanos siguen en gran parte sin haberse estudiado.

Un informe del Consejo Nacional de Investigación de EEUU (NRC), organismo consultivo del gobierno de Washington, concluye que los científicos dan "poco o nada de atención" a las muchas especies vegetales naturales de África. Estas especies han alimentado tradicionalmente a millones de africanos y "podrían ayudar a solucionar la crisis de alimentos de África y mejorar las débiles comunidades rurales", sentencia el NRC.

Las zonas tropicales africanas cuentan con centenares de vegetales indígenas, muchos de los cuales están siendo dejados de lado debido a las nuevas especies y a alimentos importados. La mayor parte de estas plantas son bastante resistentes y prosperan en los suelos típicamente pobres de África, además de adaptarse bien a los pequeños terrenos y los reducidos recursos de los que disponen las familias de cultivadores.

"Mayores esfuerzos para explorar el potencial de tales vegetales podría conducir al un incremento de la productividad agrícola, un suministro más estable de alimentos y mayores ganancias económicas en las áreas rurales de todo el continente", señala el informe del NRC.

El informe examina el potencial que tendrían 18 tipos de vegetales africanos para ayudar a alimentar a la población en crecimiento del continente y a estimular el desarrollo sostenible. Estos vegetales nativos - incluyendo amaranto (Pt., amaranto), judía (Pt., feijão branco), y egusi (tipo de grão, como semente de abóbora) - todavía se encuentran en muchas partes de África, e incluso atraen un cierto interés de la investigación, pero son olvidados típicamente por los científicos y la clase dirigente a nivel internacional.

Hasta este momento, estas plantas locales han sido "menos valoradas que los vegetales más conocidos introducidos en África y procedentes de otras partes del mundo", recuerda el informe. Pero debido a que pocos vegetales locales se han estudiado lo suficientemente, la información sobre estos es a menudo anticuada, difícil de encontrar, o en gran parte anecdótica.

Contrasta con esta negligencia las grandes cosechas más conocidas como arroz, maíz (Pt., milho) o trigo, en los cuales la investigación invierte grandes sumas anualmente, aunque solamente una parte mínima de destina a estudios relevantes sobre los suelos y climas africanos. Estas cosechas, sin embargo, son mucho más propensas a sequías, plagas de langostas y otros parásitos, mientras que están adaptadas mal a los suelos y a las tecnologías locales. Por consiguiente, el continente africano, potencialmente productivo, se está haciendo cada vez más dependiente de las importaciones de alimento.

No sólo los vegetales africanos, también las frutas nativas han sido despreciadas por gran parte de la comunidad internacional de investigación. Ante esta situación, el NRC planea para lanzar otros informes en los próximos meses sobre el potencial de las frutas nativas de África, incluyendo la fruta de la mantequilla, anonas y marula.

Mientras el NRC ha recibido financiación de la agencia estadounidense de ayuda al desarrollo (USAID) para realizar sus informes sobre el potencial general de vegetales y frutas africanos, la financiación es el principal problema para llevar a cabo grandes esfuerzos en la investigación sobre cómo mejorar estos grandes recursos.

La mayoría de la investigación de desarrollo agrícola es pagada por la industria agrícola, haciendo que por lo tanto se concentre en las cosechas norteñas. Para las cosechas africanas indígenas, por otra parte, apenas existe un mercado comercial, ya que la mayoría es de subsistencia. Mientras prosiga la falta de interés del capital privado, los gobiernos africanos, con sus limitados presupuestos destinados a investigación científica no podrán establecer el necesario ambiente propicio para la investigación centrada en sus propias cosechas.

afrol News