sexta-feira, novembro 25, 2011

Homem pré-histórico sabia pescar em águas profundas

Homem pré-histórico sabia pescar em águas profundas

25/11/2011 - às 16h42
Extraído de JB Online

Arqueólogos australianos encontraram evidências de que os humanos pré-históricos que viveram 42.000 anos atrás dominavam a arte da pesca em águas profundas, revelaram estudiosos esta sexta-feira.

Eles também encontraram o anzol mais antigo do mundo, feito de conchas e com antiguidade estimada entre 23.000 e 16.000 anos, durante escavações na caverna Jerimalai, no Timor-Leste.

As descobertas, publicadas na última edição da revista Science, se baseia no trabalho da professora Sue O''Connor, da Universidade Nacional da Austrália.

Segundo a cientista, elas demonstram que o homem pré-histórico tinha habilidades marítimas de alto nível e, portanto, a tecnologia necessária para fazer as travessias marinhas que lhe permitiram chegar à Austrália.

"O local que estudamos possui mais de 38.000 ossos de pescado de 2.843 espécimes de peixes com cerca de 42 mil anos", disse O''Connor, que afirmou que muitos dos espécimes encontrados são de animais de águas profundas.

"O que o sítio do Timor-Leste nos mostrou é que os humanos remotos das ilhas do Sul da Ásia tinham habilidades marítimas impressionantemente avançadas", acrescentou.

"Eram especialistas em apanhar tipos de peixes que seriam difíceis mesmo nos dias de hoje, como o atum. É uma descoberta muito excitante", emendou.

Um anzol também foi encontrado no sítio, mas O''Connor disse ser improvável que tenha sido usado na pesca em águas profundas.

"Nós acreditamos que este seja o exemplo mais remoto conhecido de um anzol de pesca e mostra que nossos ancestrais eram artesãos habilidosos, além de pescadores", afirmou.

"Os anzóis não parecem propícios para a pesca pelágica, mas é possível que outros tipos de anzóis fossem fabricados naquela época", acrescentou.

O que ainda se desconhece é exatamente como este povo antigo conseguia apanhar peixes rápidos e de águas profundas. O atum pode ser pego com redes ou carretilhas, explicou O''Connor.

"Instrumentos simples para reunir os peixes também podem ser usados para atrai-los. Assim, eles podem ser pegos usando redes ou anzóis", explicou.

"De qualquer forma, parece certo que este povo usava tecnologia bem sofisticada e embarcação para pescar além da costa", acrescentou.

Ela disse ainda que as descobertas devem lançar luz sobre como os primeiros habitantes da Austrália chegaram ao continente, com a implicação de que barcos adequados para navegar em alto-mar tenham sido usados para a pesca em águas profundas.

"Sabemos há algum tempo que nossos ancestrais, na Austrália, precisaram ter sido capazes de viajar centenas de quilômetros no mar porque chegaram à Austrália há pelo menos 50.000 anos", disse O''Connor.

"Quando vemos as embarcações que os aborígenes australianos usaram na época do contato com os europeus, no entanto, eram muito simples, como balsas ou canoas", afirmou.

"Assim, como as pessoas chegaram aqui tão cedo sempre foi intrigante. Estas novas descobertas da caverna Jerimalai avançam na solução deste enigma", acrescentou.

Referências de 2011

sábado, novembro 12, 2011

Técnica inovadora extrai água potável da neblina


Comunidades africanas reaproveitam água de neblina contra escassez


02 / 11 / 2011

Comunidades da África do Sul que sofrem com a escassez de água estão utilizando uma técnica inovadora pra obter água potável para o consumo: aproveitam a neblina para extrair litros de água.

Em paisagens montanhosas e com clima úmido, como na cidade Tshiavha, a água da neblina é coletada por um sistema usado nos Andes e no Himalaia. Uma malha é esticada e canos são colocados logo abaixo para que as gotas caiam em um reservatório.


Na cidade sul-africana, as redes foram montadas em escolas e levam um pouco de alívio à região. Com a previsão dos especialistas de que a África Austral ficará mais seca e mais quente nas próximas quatro décadas, estratégias como esta têm atraído novos olhares, enquanto a África do Sul se prepara para sediar a próxima rodada de negociações climáticas da ONU, no final do mês.

Sacia a sede

Montadas em 2007, com a ajuda de uma universidade local, as redes coletoras de neblina garantem até 2.500 litros de água em um dia bom. “A água é limpa e segura, e não contém produtos químicos”, afirmou Lutanyani Malumedzha, diretor da escola fundamental de Tshiavha.

Segundo Malumedzha, o acesso à água limpa melhorou significativamente a saúde das crianças da escola e reduziu o surto de doenças hídricas. “As crianças costumavam levar suas próprias garrafas d’água para a escola, durante os meses secos e quentes. A água, retirada de poços lamacentos, era inadequada ao consumo humano”, disse Malumedzha.

Em algumas áreas, comunidades compartilham a água potável com o gado. Embora a qualidade deste líquido na África do Sul seja considerada uma das melhores do mundo, comunidades rurais estão muito atrasadas quando se trata de água corrente. “Aprendemos a valorizar a água e a tratá-la como uma commodity preciosa”, explicou Malumedza.

“Nenhuma gota é desperdiçada. Parte dela vai para lá”, acrescentou, apontando para uma horta que abastece a escola com alimentos. “Uma alternativa com boa relação custo-benefício” – Malumedza explicou que o [sistema] dispensa equipamentos eletrônicos e requer pouca manutenção.

Alternativa à seca

Como se trata de um país relativamente seco, a água é escassa na África do Sul e áreas remotas sem infraestrutura são as mais afetadas pelas mudanças no padrão climático.

“Esta é uma alternativa com boa relação custo-benefício, que pode ser explorada de forma eficiente, em vista dos desafios hídricos que o país enfrenta”, explicou Liesl Dyson, pesquisadora da Universidade de Pretória.

A província de Limpopo, ao norte, na fronteira com Botsuana, Zimbábue e Moçambique, onde fica o famoso Parque Nacional Kruger, é uma das regiões mais quentes do país. Mas este é um dos poucos lugares do país com um clima propício para a coleta de neblina. “A neblina apenas não é suficiente, também é necessário vento para soprá-la”, explicou Dyson.

Não ajuda muito se a neblina apenas se concentrar nas montanhas, sem se mover”, acrescentou. Segundo ela, o sistema foi usado em algumas áreas na costa oeste e no Transkei, província do leste do Cabo.

De acordo com o Conselho para a Pesquisa Industrial e Científica, a África do Sul tem um índice pluviométrico anual de 490 milímetros, a metade da média mundial. Mesmo sem considerar os efeitos das mudanças climáticas, espera-se que a África do Sul enfrente escassez hídrica em 2025 e há planos de construir uma nova represa em Lesoto para levar mais água ao país.

(Fonte: Globo Natureza)

Extraído de Ambiente Brasil

terça-feira, setembro 20, 2011

Egito: melhor destino turístico africano 2011


Egito conquista título de melhor destino turístico africano

As pirâmides egípcias de Gizeh venceram também um outro prémio para o país na categoria de “Melhor Atração Turística de África.

Da Redação, com Panapress

Cairo – O Egito conquistou o troféu de “Melhor Destino Turístico de África” anunciado ontem (19 setembro 2011) durante o Festival Óscar para o Turismo Internacional nos Estados do Oceano Índico e de África, realizado na cidade balnear egípcia de Charm El Cheikh.

Neste mesmo festival que contou com ampla cobertura jornalística, cerca de 200 repórteres e órgãos de imprensa internacionais, as pirâmides egípcias de Gizeh venceram também um outro prémio para o país na categoria de “Melhor Atração Turística de África”.


Hesham Zaazoua, primeiro adjunto do ministro egípcio do Turismo, declarou após o evento, que considera estes prémios como de grande importância para o seu país, no momento em que o seu Governo está engajado em reintegrar o Egito no mapa do turismo internacional depois da revolução de 25 de janeiro deste ano.

Para Zaazoua, estas distinções mostram que o Egito continua a ser um destino turístico viável e atrativo.

O turismo egípcio foi duramente atingido pela crise política e securitária que abalou o país na sequência da revolução de 25 de janeiro.

Extraído de África21digital


domingo, julho 10, 2011

Balanço de ações bem intencionadas 10 anos depois

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A África está vencendo suas aflições?

Anselmo Otavio*
10/07/2011

Neste mês de julho de 2011 (Chabal, 2002) o chamado The New Partnership for Africa’s Development (NEPAD) – um dos principais programas de desenvolvimento africano – estará completando dez anos de existência. Fruto da fusão de três programas voltados para o desenvolvimento africano – o “Millennium Partnership for the African Recovery Programme”, o “Omega Plan for Africa” e o “Compact for African Recovery” (Waal, 2002) o NEPAD, em suma, busca “to eliminate poverty and to achieve a sustainable path of growth and development on the continent” (Funke: Nsouli, 2003).

Para isso, o NEPAD possui sete principais iniciativas que deveriam ser realizadas, as quais giram em torno da Peace, Security, Democracy and Political Governance, Human Bridging the Infrastructure Gap, Economic and Corporate Governance, Market Access Capital Flows, Resources Development, e Environment (Ross, 2002). Contudo, é perceptível que grande parte das metas estabelecidas pelo The New Partnership for Africa’s Development não foram alcançadas. Dessa forma, este artigo busca realizar um balanço referente às expectativas geradas pela criação do NEPAD e o que de fato ocorreu durante estes dez anos de sua existência.

De acordo com Gilley (2010), pode-se dizer que as metas buscadas pelo NEPAD encontram-se relacionadas à política e à economia. No que diz respeito à política, era esperado que a África continuasse com o processo de democratização, este que, desde a década de 1980, era caracterizado pela valorização das eleições multipartidárias e pela liberdade de expressão (Chabal, 2002). Inclusive, foi através deste movimento que grande parte dos lideres africanos, que construíram o NEPAD, chegaram ao poder de seus países.

Todavia, no decorrer destes dez anos, o The New Partnership for Africa’s Development, não conseguiu vencer a corrupção e o nepotismo, os quais ainda perduram no continente (Gilley, 2010). Este fracasso pode estar relacionado à desvalorização da democracia, pois, “[since] 2005, however, Africa has witnessed four consecutive years of overall democratic decline” (Gilley; 2010). Além disso, é perceptível que a África vem passando por uma situação política em que os governos surgidos pelo movimento de crescente democratização do continente estão buscando perpetuarem-se no poder e, em contrapartida, os antigos governantes africanos, estes surgidos no pós-independência e que se mantinham no poder através de ditaduras, também estão buscando retornar ao poder. (Gilley, 2010).

Se no plano político o NEPAD não alcançou as metas desejadas, pode-se dizer que na esfera econômica seus objetivos também não se materializaram. Como é sabido, o The New Partnership for Africa’s Development buscava “the adoption of sound macroeconomic policy frameworks and improved economic and corporate governance” (Waal, 2002), e, a partir desta realização, pregava-se “to achieve and sustain the targeted growth at real GDP of some 7 percent a year that is needed to reduce by half the population living in extreme poverty by 2015” (Funke: Nsouli, 2003).

Para a conquista e manutenção do crescimento anual de 7% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB) africano, os lideres deste continente compreendem ser necessário a participação das grandes economias mundiais, pois, “[the] development challenge to reduce poverty requires a comprehensive strategy not only based on the efforts of African countries themselves but also on increased international financial assistant” (Funke: Nsouli, 2003). Dessa forma, era esperado que houvesse uma troca, isto é, os países desenvolvidos entrariam com o aumento de capital externo para a África, enquanto os africanos se adaptariam ao neoliberalismo. Isso fica claro pois, mesmo possuindo um discurso africanista, o NEPAD “aceita o discurso globalista liberal” (Döpcke, 2002) e acredita que o desenvolvimento está relacionado ao good governance (Chabal, 2002).

Todavia, embora “[the] G-8 and the International Financial Institutions (IFIs) have welcomed the NEPAD and expressed their commitment to establishing enhanced partnerships with African countries” (Funke; Nsouli, 2003), é fato que, durante o período analisado, os países desenvolvidos perderam o interesse em auxiliar o continente africano em minimizar suas aflições. (Gilley, 2010). Reflexo desta secundarização das mazelas africanas foi a diminuição da ajuda externa advinda das principais economias mundiais, queda na taxa de crescimento do PIB africano e baixo progresso na realização das metas relacionadas à Educação e a Saúde (Gilley, 2010). Além disso, é perceptível o crescimento da taxa de desemprego em diversos países africanos e também o aumento do trabalho informal, refletindo nos dias atuais para “over 70 percent of non-agricultural employment and 42 percent of Africa’s GDP” (Gilley, 2010).

Em suma, a parceria entre “o vínculo inseparável entre democracia, direitos humanos, paz e governabilidade (good governance), de um lado, e o desenvolvimento econômico de outro” (Döpcke, 2002), durante estes dez anos de existência do NEPAD, não trouxe a realização das metas esperadas pelos africanos, e também, dificilmente as metas almejadas para 2015 serão realizadas. O problema estaria no neoliberalismo? No desinteresse das grandes potências com relação ao desenvolvimento do continente africano? Ou o problema estaria relacionado à busca incessante de diversos lideres africanos em perpetuarem-se no poder? De fato são questões complexas, mas que, direta ou indiretamente, podem estar relacionadas ao, até então, fracasso do The New Partnership for Africa’s Development.


Bibliografia Consultada

CHABAL. Patrick. (2002) The quest for good government and development in África: is NEPAD the answer? Disponível em: [http://www.jstor.org/pss/3095884]. Acesso em: 22/03/2011

DÖPCKE. Wolfgang. (2002) Há salvação para a África? Thabo Mbeki e seu New Partnership for African Development. Disponível em: [http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-73292002000100006&script=sci_arttext&tlng=es]. Acesso em: 05/01/2011

FUNKE. Norbert, NSOULI. Salah M. (2003) The NEPAD: Opportunities and Challenges. Disponível em: [http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2003/wp0369.pdf]. Acesso em: 05/01/2011

GILLEY. Bruce. (2010) The End of the African Renaissance. Disponível em: [www.twq.com/10october/docs/10oct_Gilley.pdf]. Acesso em: 05/01/2011

ROSS. Herbert. (2002) Implementing NEPAD: A Critical Assessment. Disponível em: [www.nsi-ins.ca/english/pdf/herbert.pdf]. Acesso em: 18/03/2011

WAAL. Alex De. (2002) What’s new in the “New Partnership for Africa’s Development? Disponível em: [www.sarpn.org.za/NEPAD/dewaal/dewaal.pdf]. Acesso em: 18/03/2011


* Anselmo Otavio é graduado em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista (UNESP campus de Marília). (anselmo_otavio@yahoo.com.br)

Extraído de Mundorama.net


quarta-feira, maio 18, 2011

Cuba apoia programas agrícolas em Cabo Verde

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Cuba apoia programas agrícolas em Cabo Verde

Da Redação, com Panapress África 21 – DF - 17/05/2011 - 19:15
Praia - Treze especialistas cubanos são esperados em breve em Cabo Verde para apoiar programas agrícolas de desenvolvimento rural e de segurança alimentar.

Esta assistência deverá realizar-se ao abrigo de um acordo tripartido, que acaba de ser assinado, na cidade Praia, entre o Governo cabo-verdiano, Cuba e o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Os técnicos cubanos vão visitar as ilhas da Brava, do Fogo, de São Nicolau e de Santo Antão, onde, durante 18 meses, irão dar a sua contribuição na implementação dos dois programas.

O embaixador de Cuba em Cabo Verde, Narciso Socorro, considera que “o acordo é uma clara expressão do quanto se pode fazer na cooperação Sul/Sul”.

“É a clara expressão de uma vontade política entre a FAO, Cabo Verde e Cuba”, realçou o diplomata cubano.

Por sua vez, o secretário de Estado cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, José Luís Rocha, considera o acordo “fundamental” para a realização de um programa de assistência técnica de “grande importância”.

“Cuba tem, ao longo dos últimos anos, apoiado Cabo Verde em vários outros setores, e é uma cooperação que tem sido extremamente útil dentro da substituição de especialistas, que muitas vezes não temos em muitas áreas, e também tem contribuído na formação direta de médicos e outros quadros”, referiu o governante.

As relações de cooperação entre Cuba e Cabo Verde datam de 1976, um anos após a independência deste último, e abrangem sobretudo a área da Saúde, tendo passado pelo arquipélago quase 600 médicos cubanos de praticamente todas as especialidades.

Atualmente, estão no país 36 profissionais cubanos, que trabalham nas diversas estruturas de saúde espalhadas pelas nove ilhas do arquipélago, estando a maior parte colocada nos hospitais centrais da Praia e de São Vicente.

Além dos 36 médicos que trabalham na cooperação, existem no país vários outros médicos cubanos que, no final da sua missão, optaram por fixar residência em Cabo Verde, não regressando a Cuba. Destes desconhece-se o seu total, embora haja muitos casados com cabo-verdianas.

No passado, Cuba também desenvolveu vários programas de cooperação no domínio da educação, com muitos estudantes cabo-verdianos a receberem formação superior em instituições de ensino cubanas.

Extraído de África 21 Digital

sexta-feira, abril 22, 2011

Angola e Brasil celebram convênio para gestão ambiental

Ministério do Ambiente de Angola assina convênio com instituto brasileiro

África 21 - DF
20/04/2011 - 08:00

Numa primeira fase, o acordo permitirá a formação, em dois anos, de 20 técnicos na área da gestão ambiental.

Da Redação, com Angop

Luanda - O Ministério do Ambiente de Angola e o Instituto Tecnológico Ambiental do Paraná (ITAPAR), no Brasil, assinaram terça-feira (19), em Luanda, um convênio para a formação de mestres nas áreas de gestão ambiental.

A cerimônia de assinatura do convênio e o termo aditivo, feito pela assessora da ministra do Ambiente, Joaquina Braz Caitano, e pelo presidente do ITAPAR, Acêf Said, foi testemunhada pela embaixadora do Brasil em Angola, Ana Lucy Gentil Cabral Petersen, além da ministra Fátima Jardim.

Numa primeira fase, o acordo permitirá a formação, em dois anos, de 20 funcionários públicos, selecionados em vários sectores, para melhor corresponderem aos desafios do país, face à importância e pertinência da problemática ambiental.

O convênio e o termo aditivo rubricado, que conta também com a parceria da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), estão inseridos nas estratégias das políticas públicas do Governo de Angola no que toca ao seu contributo e responsabilidade na preservação do planeta terra.

A elevação da consciência ambiental sobre a proteção, preservação e conservação do ambiente, através de um conjunto de ações, estudo, investigação e outras medidas necessárias, com vista o alcance do desenvolvimento sustentável são, entre outras, estratégias pretendidas.

Assim, as duas instituições comprometeram-se promover parcerias para o desenvolvimento sustentável e a concretização de ações de formação especializadas em vários domínios do ambiente.

O ITAPAR é uma instituição brasileira de caráter técnico, cientifico e cultural vocacionada, para dentre outras tarefas que constituem o objeto social, a investigação e formação de quadros na área do ambiente.

Na ocasião, a embaixadora do Brasil em Angola, Ana Lucy Petersen, disse ser do interesse do seu país ajudar Angola na formação de quadros nesta área de gestão ambiental.

“A gestão ambiental é um novo ângulo que o Brasil tem o grande interesse de divulgar cada vez mais e este contacto vai permitir a criação de laços de formação das novas gerações e tenho a certeza que os quadros que serão por lá formados obterão conhecimentos que vão beneficiar ambos os povos e as futuras gerações”, referiu.

Fonte: África 21

segunda-feira, março 28, 2011

Ali Farka Touré

Ali Farka Touré

abril 26, 2010, por Som Negro


Ali Ibrahim “Farka” Touré (31 de outubro de 1939 – 7 de março de 2006) foi um cantor e guitarrista maliano, e um dos mais renomados músicos do Continente Africano conhecido internacionalmente. Sua música é amplamente considerada como representando um ponto de intersecção da tradicional música de Mali e seu primo americano do norte, o blues. A crença de que este último é, de fato, historicamente derivado da primeira, reflete-se nas freqüentes citações de Martin Scorsese caracterizando o estilo de Touré como constituindo “o DNA do blues”.

Nascido na aldeia de Kanau, às margens do rio Níger no região noroeste do Mali, sua família mudou-se para a aldeia vizinha de Niafunké quando ele ainda era uma criança, ele foi o décimo filho de sua mãe, mas o único a sobreviver. Em uma biografia sua feita por sua gravadora, Touré teria dado a seguinte explicação para o seu nome: “O nome que me foi dado foi Ali Ibrahim, mas é um costume no Mali, dar um apelido à criança se ela for de uma família em que outras crianças morreram”, meu apelido, “Farka”, foi escolhido por meus pais, quer dizer “burro”, um animal admirado pela sua tenacidade e obstinação”.

Ele era descendente da antiga força militar conhecida como a Arma , e era etnicamente ligado à Songrai ( Songhai ) e Peul, povos do norte do Mali.

Um dos mais bem sucedidos músicos Oeste Africano dos anos 90, Ali Farka Touré foi tantas vezes descrito como “o John Lee Hooker africano”, que eles provavelmente começaram a se irritar, tanto de Touré como Hooker. Há muito de verdade nesta comparação, no entanto, não é exatamente um insulto. O guitarrista, que também tocou outros instrumentos, como cabaça e bongôs, assim como Hooker (e outros bluesmen americanos como Lightnin ‘Hopkins) uma predileção para os vocais de baixa frequência e meios tons, muitas vezes tocando com acompanhamento mínimo.

Touré tinha um estilo mais suave que Hooker. Ele cantou em vários idiomas africanos, e apenas ocasionalmente em inglês. Certa vez ele disse que suas músicas são “sobre educação, trabalho, amor e sociedade”, e se entre ele e Hooker há tantas semelhanças, provavelmente não é pelos ideais transmitidos em suas músicas, mas devido ao fato de ambos terem se inspirado muito nas tradições rítmicas e musicais africanas, herança de muitas gerações.

Touré estava com quase 50 anos, quando ele chamou a atenção da crescente comunidade da World Music no Ocidente através de um auto-intitulado álbum no final dos anos 80. Nos anos seguintes, ele visitou frequentemente na América do Norte e a Europa, e gravou com freqüência, às vezes com contribuições de Taj Mahal e os membros do Chieftains. Em 1990, Touré afastou-se da música para se dedicar inteiramente à sua fazenda de arroz, mas foi convencido por seu produtor a pegar novamente o violão para gravar em 1994 “Talking Timbuktu”, no qual ele foi acompanhado por Ry Cooder. Foi seu trabalho mais bem recebido até aquele momento, o que lhe valeu um Grammy de Melhor Álbum de World Music, mas serviu também para provar que nem todas as colaborações musicais dos países em desenvolvimento têm de diluir os seus elementos não-ocidentais para conseguir uma ampla aceitação. No entanto, Touré afastou-se da música novamente para cuidar de sua fazenda.

Sem gravar nada durante cinco anos, ele finalmente quebrou o silêncio em 1999 com Niafunké, descartando parcerias em favor de um retorno às suas raízes musicais. Então, por mais uma vez, Touré afastou-se dos palcos e estúdios. Em 2005, talvez em parte para manter seu nome familiar para os amantes da música, gravou (pela primeira vez em CD) Red & Green, dois álbuns de gravados no início dos anos 80, vendidos em uma só embalagem como um cd duplo. O CD Heart of the Moon também foi lançado em 2005. Touré morreu a 07 de marco de 2006, de câncer nos ossos, contra o qual ele havia lutado durante anos, porém, ele ainda conseguiu concluir um último álbum antes de morrer. Seu último álbum, foi lançado postumamente Savane, em julho de 2006.

Ele foi classificado como o 76º na lista 100 Greatest Guitarists of All Time (100 Melhores Guitarristas de Todos os Tempos) da revista Rolling Stone.

Savane – The King of the desert blues singers – 2006
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Partial Discography:
  • Ali Farka Toure (Shanachie, CD)
  • Ali Farka Toure 1987 (World Circuit, UK) features 10 all-acoustic songs
  • The River 1989 (World Circuit, UK) guests include Rory Mcleod, Steve Williamson, and Chieftains Sean Keane and Kevin Conneff.
  • The Source 1992 (World Circuit, UK) guests include Taj Mahal, and tabla player Nitin Sawney.
  • Talking Timbuktu 1994 (Hannibal/World Circuit, UK/Rykodisk HNCD-1381) with Ry Cooder, this recording topped many indie charts within days of it's release. A definite must have.
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sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Angola disponibiliza mais três mil bolsas de estudo internas

Executivo angolano disponibiliza mais três mil Bolsas de estudo internas

18-02-2011

Três mil novas bolsas de estudo internas do ensino superior privado e público, foram agora disponibilizadas pela Executivo angolano, anunciou Sexta – feira, 18/02, à RNA, a Direcção geral do Instituto Nacional de Bolsas de Estudo.

O INAB informou que, a distribuição por Província, das bolsas será feita através de cotas.

O pacote é direccionado aos estudantes de engenharia e medicina de todo país, mas Luanda, será a maior beneficiada em termos de cotas, com 540 bolsas internas.

Com estas 3 mil novas bolsas de Estudos internas, elevam-se para 9 mil, o número de bolsas disponibilizadas pelo Executivo angolano, desde 2008.

Segundo dados avançados pelo Director geral do INAB, Jesus Baptista, o valor do investimento do Executivo angolano, está fixado nos Quatro biliões de Kwanzas.


“De acordo com um estudo de viabilidade, estas bolsas estão distribuídas por área de conhecimento, logo, àquelas áreas que terão uma aplicação de conhecimentos técnico, terão um número maior em relação as áreas com conhecimento em ciências sociais”, frisou, em exclusivo à RNA.

Àquele responsável, sublinhou igualmente que as bolsas de estudo disponibilizadas pelo Executivo angolano vieram dar outro impulso a vida académica dos estudantes universitários, por tratar-se de um apoio social, e pontual do Governo.

Quanto ao nível de aproveitamento é muito bom, rondando actualmente aos 91 por cento, com perspectivas de aumentar nos próximos tempos. Até ao momento muitos estudantes universitários já terminaram a sua formação e têm manifestado por escrito ao INAB, os seus agradecimentos pelo apoio do Executivo.

De notar que, na Terça – feira, 22, o INAB, vai reunir-se com todas as Instituições superiores de ensino superior privadas e públicas.

Extraído de RNA-AO
Foto RNA-AO