terça-feira, dezembro 21, 2010

História Geral da África - Coleção em português

8 volumes da edição completa.

Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.

Resumo: Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.

Download gratuito (somente na versão em português):

Informações Adicionais:

08-12-2010

História Geral da África

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Em 1964, a UNESCO dava início a uma tarefa sem precedentes: contar a história da África a partir da perspectiva dos próprios africanos. Mostrar ao mundo, por exemplo, que diversas técnicas e tecnologias hoje utilizadas são originárias do continente, bem como provar que a região era constituída por sociedades organizadas, e não por tribos, como se costuma pensar.

Quase 30 anos depois, 350 cientistas coordenados por um comitê formado por 39 especialistas, dois terços deles africanos, completaram o desafio de reconstruir a historiografia africana livre de estereótipos e do olhar estrangeiro. Estavam completas as quase dez mil páginas dos oito volumes da Coleção História Geral da África, editada em inglês, francês e árabe entres as décadas de 1980 e 1990.

Além de apresentar uma visão de dentro do continente, a obra cumpre a função de mostrar à sociedade que a história africana não se resume ao tráfico de escravos e à pobreza. Para disseminar entre a população brasileira esse novo olhar sobre o continente, a UNESCO no Brasil, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad/MEC) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), viabilizaram a edição completa em português da Coleção, considerada até hoje a principal obra de referência sobre o assunto.

O objetivo da iniciativa é preencher uma lacuna na formação brasileira a respeito do legado do continente para a própria identidade nacional.

Baixar os 8 volumes da Coleção - AQUI

Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas


Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas

Promover o reconhecimento da importância da interseção da história africana com a brasileira para transformar as relações entre os diversos grupos raciais que convivem no país. Esta é a essência do Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas, instituído pela UNESCO no Brasil, a partir da aprovação da Lei 10.639, em 2003, que preconiza o ensino dessas questões nas salas de aulas brasileiras.

Desde então, o processo de implementação da Lei da Educação das Relações Étnico-Raciais nos sistemas de ensino brasileiros vem enfrentando desafios, entre eles a necessidade de desenvolvimento de uma nova cultura escolar e de uma nova prática pedagógica que reconheça as diferenças étnico-raciais resultantes da formação da sociedade brasileira. Para contribuir com esse processo, o programa Brasil-África: Histórias Cruzadas da UNESCO atua em três eixos estratégicos, complementares e fundamentais:

  • 1. Acompanhamento da implementação da Lei
  • 2. Produção e disseminação de informações sobre a história da África e dos afro-brasileiros
  • 3. Assessoramento no desenvolvimento de políticas públicas
O objetivo dessa atuação é identificar pontos críticos, avanços e desafios na implementação da Lei, bem como para cooperar para a formulação de estratégias para a concretização de políticas públicas nesse sentido, além de sistematizar, produzir e disseminar conhecimentos sobre a história e cultura da África e dos afro-brasileiros, subsidiando as mudanças propostas pela legislação.

Para a UNESCO, apoiar a implementação da lei da Educação das Relações Étnico-raciais é uma maneira de valorizar a identidade, a memória e a cultura africana no Brasil – o país que conta com a maior população originária da diáspora africana.

A partir do momento em que as origens africanas na formação da sociedade brasileira forem conhecidase reconhecidas e as trocas entre ambos disseminadas, se abrirão importantes canais para o respeito às diferenças e para a luta contra as distintas formas de discriminação, bem como para o resgate da autoestima e aconstrução da identidade da população. Somados, esses canais contribuirão para o desenvolvimento do país.

Assim, o trabalho com esses tópicos nas escolas e nos sistemas de ensino proposto pela legislação nacional, em última instância, leva os alunos e a sociedade a valorizar o direito à cidadania de cada um dos povos.

Tudo isso encontra uma forte convergência com o trabalho da UNESCO, que atua em todo o mundo declarando que conhecer melhor outras civilizações e culturas permite tanto compreender a segregação e os conflitos raciais como afirmar direitos humanos.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Brasil financia fábrica para combater a Aids na África

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Brasil financia fábrica para combater a Aids na África

02/12/2010

A fábrica de medicamentos antirretrovirais que o Brasil está financiando em Moçambique vai ajudar os países africanos a combater a Aids. Em implantação, a fábrica até o final de 2011 deverá estar produzindo 250 milhões de comprimidos ao ano. Foi o que adiantou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, - 01/12/2010 - Dia Mundial de Combate à Aids, acrescentando que os equipamentos já foram comprados e o Brasil vai colaborar, também, no treinamento dos funcionários. A unidade custará US$ 21 milhões.

“O combate à Aids é, ao lado do combate à fome e à miséria, a solução para o nascimento de uma nova África”, apontou Lula. O ministro José Gomes Temporão, da Saúde, declarou que “ao invés de doar alimentos, como fazem os países ricos, estamos ensinando a produzir genéricos”.

60 mil mortes por ano

Hoje, 80% dos recursos financeiros para a aquisição de medicamentos em Moçambique vem de países doadores. Com a fábrica, Moçambique vai adquirir conhecimento da tecnologia na produção pública de medicamentos, reduzindo sua dependência e ampliando a autonomia no setor. Moçambique é um dos dez países do mundo mais afetados pela doença. A Aids provoca 60 mil mortes por ano. O país tem índice de prevalência de 11,5% entre homens e mulheres de 15 a 49 anos de idade. No meio rural, o percentual cai para 9,5%. Mas, nas cidades, chega a 15,9%. No Brasil, por exemplo, o índice é de 0,5%. Hoje, a África tem mais de 22,5 milhões de pessoas contaminadas pelo HIV.


255 mil não sabem

No Brasil, existem atualmente 630 mil infectados e, entre eles, cerca de 255 mil não sabem que são portadores da doença. Por isso, o número de testes de HIV distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cresce ano a ano. A distribuição de testes quase triplicou passando de 3,3 milhões em 2005 para 8,9 milhões em 2009.

Outra iniciativa que pode facilitar o diagnóstico, foi lançada pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, também nesta quarta-feira. O novo teste brasileiro, que passará a ser utilizado já em 2011, apresenta o resultado em 25 minutos, enquanto o tradicional leva quase um mês, e têm custo cinco vezes menor para o governo federal.


Falha na prevenção

Entre os desafios do combate à Aids no Brasil, está o atraso no diagnóstico e as falhas na prevenção. Pesquisa do Ministério da Saúde atesta que, entre os jovens, 39% não usam camisinha nas relações sexuais, apesar de reconhecerem que essa é a melhor forma de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

Por isso, o governo federal pretende focar – com a nova campanha agora lançada contra o preconceito diante da doença — nos jovens de 15 a 24 anos. Quer alertá-los para os riscos da infecção. É a faixa etária com o maior número de parceiros casuais.

O “Dia Mundial de Luta contra a Aids” foi instituído como forma de despertar a necessidade de prevenção, de promoção do entendimento sobre a pandemia e de incentivar a análise sobre a doença pela sociedade e órgãos públicos. No Brasil, a data começou a ser comemorada no fim dos anos 1980.

Fonte: Brasília Confidencial


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