Brasil financia fábrica para combater a Aids na África
02/12/2010
A fábrica de medicamentos antirretrovirais que o Brasil está financiando em Moçambique vai ajudar os países africanos a combater a Aids. Em implantação, a fábrica até o final de 2011 deverá estar produzindo 250 milhões de comprimidos ao ano. Foi o que adiantou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, - 01/12/2010 - Dia Mundial de Combate à Aids, acrescentando que os equipamentos já foram comprados e o Brasil vai colaborar, também, no treinamento dos funcionários. A unidade custará US$ 21 milhões.
“O combate à Aids é, ao lado do combate à fome e à miséria, a solução para o nascimento de uma nova África”, apontou Lula. O ministro José Gomes Temporão, da Saúde, declarou que “ao invés de doar alimentos, como fazem os países ricos, estamos ensinando a produzir genéricos”.
60 mil mortes por ano
Hoje, 80% dos recursos financeiros para a aquisição de medicamentos em Moçambique vem de países doadores. Com a fábrica, Moçambique vai adquirir conhecimento da tecnologia na produção pública de medicamentos, reduzindo sua dependência e ampliando a autonomia no setor. Moçambique é um dos dez países do mundo mais afetados pela doença. A Aids provoca 60 mil mortes por ano. O país tem índice de prevalência de 11,5% entre homens e mulheres de 15 a 49 anos de idade. No meio rural, o percentual cai para 9,5%. Mas, nas cidades, chega a 15,9%. No Brasil, por exemplo, o índice é de 0,5%. Hoje, a África tem mais de 22,5 milhões de pessoas contaminadas pelo HIV.
255 mil não sabem
No Brasil, existem atualmente 630 mil infectados e, entre eles, cerca de 255 mil não sabem que são portadores da doença. Por isso, o número de testes de HIV distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cresce ano a ano. A distribuição de testes quase triplicou passando de 3,3 milhões em 2005 para 8,9 milhões em 2009.
Outra iniciativa que pode facilitar o diagnóstico, foi lançada pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, também nesta quarta-feira. O novo teste brasileiro, que passará a ser utilizado já em 2011, apresenta o resultado em 25 minutos, enquanto o tradicional leva quase um mês, e têm custo cinco vezes menor para o governo federal.
Falha na prevenção
Entre os desafios do combate à Aids no Brasil, está o atraso no diagnóstico e as falhas na prevenção. Pesquisa do Ministério da Saúde atesta que, entre os jovens, 39% não usam camisinha nas relações sexuais, apesar de reconhecerem que essa é a melhor forma de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Por isso, o governo federal pretende focar – com a nova campanha agora lançada contra o preconceito diante da doença — nos jovens de 15 a 24 anos. Quer alertá-los para os riscos da infecção. É a faixa etária com o maior número de parceiros casuais.
O “Dia Mundial de Luta contra a Aids” foi instituído como forma de despertar a necessidade de prevenção, de promoção do entendimento sobre a pandemia e de incentivar a análise sobre a doença pela sociedade e órgãos públicos. No Brasil, a data começou a ser comemorada no fim dos anos 1980.
Fonte: Brasília Confidencial
02/12/2010
A fábrica de medicamentos antirretrovirais que o Brasil está financiando em Moçambique vai ajudar os países africanos a combater a Aids. Em implantação, a fábrica até o final de 2011 deverá estar produzindo 250 milhões de comprimidos ao ano. Foi o que adiantou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, - 01/12/2010 - Dia Mundial de Combate à Aids, acrescentando que os equipamentos já foram comprados e o Brasil vai colaborar, também, no treinamento dos funcionários. A unidade custará US$ 21 milhões.
“O combate à Aids é, ao lado do combate à fome e à miséria, a solução para o nascimento de uma nova África”, apontou Lula. O ministro José Gomes Temporão, da Saúde, declarou que “ao invés de doar alimentos, como fazem os países ricos, estamos ensinando a produzir genéricos”.
60 mil mortes por ano
Hoje, 80% dos recursos financeiros para a aquisição de medicamentos em Moçambique vem de países doadores. Com a fábrica, Moçambique vai adquirir conhecimento da tecnologia na produção pública de medicamentos, reduzindo sua dependência e ampliando a autonomia no setor. Moçambique é um dos dez países do mundo mais afetados pela doença. A Aids provoca 60 mil mortes por ano. O país tem índice de prevalência de 11,5% entre homens e mulheres de 15 a 49 anos de idade. No meio rural, o percentual cai para 9,5%. Mas, nas cidades, chega a 15,9%. No Brasil, por exemplo, o índice é de 0,5%. Hoje, a África tem mais de 22,5 milhões de pessoas contaminadas pelo HIV.
255 mil não sabem
No Brasil, existem atualmente 630 mil infectados e, entre eles, cerca de 255 mil não sabem que são portadores da doença. Por isso, o número de testes de HIV distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cresce ano a ano. A distribuição de testes quase triplicou passando de 3,3 milhões em 2005 para 8,9 milhões em 2009.
Outra iniciativa que pode facilitar o diagnóstico, foi lançada pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, também nesta quarta-feira. O novo teste brasileiro, que passará a ser utilizado já em 2011, apresenta o resultado em 25 minutos, enquanto o tradicional leva quase um mês, e têm custo cinco vezes menor para o governo federal.
Falha na prevenção
Entre os desafios do combate à Aids no Brasil, está o atraso no diagnóstico e as falhas na prevenção. Pesquisa do Ministério da Saúde atesta que, entre os jovens, 39% não usam camisinha nas relações sexuais, apesar de reconhecerem que essa é a melhor forma de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Por isso, o governo federal pretende focar – com a nova campanha agora lançada contra o preconceito diante da doença — nos jovens de 15 a 24 anos. Quer alertá-los para os riscos da infecção. É a faixa etária com o maior número de parceiros casuais.
O “Dia Mundial de Luta contra a Aids” foi instituído como forma de despertar a necessidade de prevenção, de promoção do entendimento sobre a pandemia e de incentivar a análise sobre a doença pela sociedade e órgãos públicos. No Brasil, a data começou a ser comemorada no fim dos anos 1980.
Fonte: Brasília Confidencial
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