quinta-feira, novembro 12, 2009

Um novo oceano pode dividir a África

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Fenda aberta por tremor pode dividir a África

Segundo o Plantão de 20/07/2006 (01h04m) do Jornal o Globo, a maior fenda já observada na crosta terrestre desde o início das observações de satélite pode levar à formação de um novo oceano na África.

Geólogos afirmam que a rachadura pode alcançar o Mar Vermelho, isolando a Etiópia e a Eritréia do resto da África. A rachadura de 60 km de extensão atravessa Etiópia e a Eritréia e foi inicialmente aberta em setembro (2005) por um terremoto que sacudiu a região. O monitoramento da fenda revelou que ela está aumentando numa velocidade sem precedentes, como sustenta estudo publicado na última edição da "Nature".


O movimento denuncia fenômenos em andamento nas profundezas da Terra, onde algumas das placas tectônicas que formam o continente africano estão gradualmente se afastando da placa árabe, fazendo com que a fenda fique cada vez mais longa.

A movimentação das placas vem acontecendo há dois milhões de anos. Eventualmente, erupções vulcânicas e terremotos - como o de setembro passado (2005) - aceleram o processo

À medida que o vale vai se abrindo rochas fundidas chegam à superfície, onde se solidificam, formando um leito de oceano. Os especialistas calculam que 2,5 km cúbicos de magma já foram lançados - um volume suficiente para encher um estádio de futebol cerca de duas mil vezes.

Segundo Tim Wright, da Universidade de Oxford, se a fenda continuar aumentando desta maneira, em alguns milhões de anos, a ponta da África deve se separar do continente.

"-- Achamos que o processo continuar, um novo oceano será formado. A fenda vai chegar ao Mar Vermelho e o oceano irá fluir terra adentro" - afirmou Wright.

Wright integra o grupo de pesquisadores da Grã-Betanha e da Etiópia que vem monitorando a formação do novo oceano, um evento considerado extremamente raro, sobretudo em terras áridas.

O grupo utiliza instrumentos sísmicos, faz medições locais e analisa imagens de satélite da Agência Espacial Européia para estudar o que está acontecendo sob a crosta terrestre.

"- Com todos os dados de satélite, conseguimos obter um mapa muito preciso. É a maior fenda que se abre pelo menos desde os anos 70 e provavelmente por centenas de anos. E é a primeira vez que usamos imagens de satélite para investigar os processos por trás da abertura das fendas" - diz Wright.

As novas tecnologias usadas dão aos pesquisadores resolução de imagem e detalhamento de dados para entender os processos de formação da Terra.



Fonte Geologia Blogger
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