quinta-feira, junho 07, 2007

Cientista de Benin inventa o primeiro remédio contra anemia falciforme

Jérôme Fagla Médégan - Cientista de Benin inventa o primeiro remédio contra anemia falciforme
http://www.afrik.com/article11852.html

Medicamento `VK 500´garante fiabilidade no tratamento de doentes falciformes

Luanda, 04/06/2007 - O médico beninense Jérôme Fagla Médégan garantiu hoje, em Luanda, ser de extrema utilidade o medicamento "VK 500" por si inventado para o prolongamento da vida dos doentes de anemia falciforme.

Numa conferência de imprensa realizada no recinto da Associação de Apoio aos Doentes de Anemia Falciforme, Jérôme Médégan refere que este medicamento abre os canais de circulação sanguíneas (veias e capilares) obstruídos por esta doença cientificamente chamada "drepanocytose" (fr. drépanocytose).

"Com o VK 500, feito essencialmente à base de uma planta, não há efeitos colaterais e tomando regularmente os medicamentos os doentes passam a ter os olhos claros, deixando igualmente de se verificar as crises e as dores no organismo", salientou.

Este antídoto, um resultado de cerca de 25 anos de pesquisa e análise profunda, segundo Jérôme Médégan, foi reconhecido em 2005 pelo Instituto Francês da Propriedade Industrial.


O reconhecimento desta descoberta e a atribuição do certificado, pelo Instituto francês, de acordo com o médico, representa uma conquista para o continente africano que tem de acreditar que tem indivíduos capazes de trabalhar em prol do bem estar do povo africano e contribuir igualmente no progresso da ciência.

"Através deste Instituto Francês da Propriedade Industrial já se está a produzir o medicamento, cujo preço de fábrica do frasco ronda os 35 dólares e que acrescido com as taxas alfandegárias chega ao povo de África, a um preço muito elevado", disse.

Em função disso, Jerôme Médégan solicita a contribuição dos chefes de Estados africanos para se engajarem no sentido de se criar condições para que o medicamento possa ser produzido em vários países africanos afectados.

O médico bioquímico beninense, de 60 anos de idade, enalteceu, deste modo, o contributo do Presidente José Eduardo dos Santos que permitiu chegar a Angola para dar ajuda às pessoas necessitadas.

"Este exemplo de José Eduardo dos Santos, bem como do Presidente Beninense, que me condecorou por esta descoberta, deve servir de ponto de partida para que os demais chefes de Estado africanos incentivem e apoiem os pesquisadores africanos porquanto têm qualidade", referiu.

Jerôme Médegan agradeceu igualmente o facto de ter encontrado uma associação em Angola que pretende trabalhar na busca de apoio para ajudar os doentes de anemia falciforme, com a qual vai manter todos os contactos possíveis.

A anemia falciforme é uma doença que se transmite de pais para filhos e altera os glóbulos vermelhos.

Angola Press
Luanda - Segunda-feira, 4 de Junho de 2007 - 19:46


extraído de Angola Press (Google em cache)

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